
Conforme o Blog SPFNews havia anunciado, o novo reitor do IF-SC não aceitou o texto acordado anteriormente entre os servidores e a ex-reitora, Profª. Consuelo Sielski. Veja abaixo o posicionamento do SINASEFE-SC.
Ontem foi mais um dia movimentado para servidores técnicos e docentes do IFSC que lutam pela progressão na carreira, pela flexibilização e por melhorias salariais.
Pela manhã, no auditório do Campus Continente, em Florianópolis, cerca de 70 servidores, representando vários campi, debateram e aprovaram diversos encaminhamentos na assembleia convocada pela Seção Sindical, que tinha como pauta, além dos informes e da análise da conjuntura, a flexibilização da jornada de trabalho dos TAEs, a progressão funcional dos docentes e o indicativo de greve por tempo indeterminado na base do SINASEFE.
No período da tarde, as atenções se voltaram para a reunião do Conselho Superior do IFSC, realizada também no Campus Continente, onde mais uma vez, por força da mobilização dos servidores, a progressão docente foi objeto de discussão.
Revolta e mobilização
O clima na assembleia geral era de muita revolta. Duas das mais importantes reivindicações específicas da categoria estavam sendo encaminhadas em total desacordo com a vontade da esmagadora maioria dos servidores, por conta de posicionamentos autoritários assumidos pela Reitoria.
A flexibilização da jornada dos técnicos, traduzida numa minuta de resolução produzida pelo GT IFSC/Sinasefe e acordada com a antiga reitora, foi transformada numa portaria que vai contra a filosofia e os princípios aprovados no GT, ignorando o trabalho de quase três meses desenvolvido pelo Grupo. Já a resolução da Progressão Docente não respeitou as decisões aprovadas na reunião do Conselho Superior do dia 1º de junho e, pior, manteve a proposta derrotada, condicionando os efeitos financeiros da medida a um parecer jurídico favorável da Procuradoria do Instituto. A deliberação dos conselheiros, consignada em ata, era para que a resolução fosse feita nos mesmos moldes da do Instituto Federal Rio-Grandense.
“O professor Jesué costuma dizer que não tem medo de nada e de ninguém. E não é para ter mesmo. O que ele precisa ter é respeito, porque medo é para covardes, respeito é para quem tem coragem”, desabafou o Coordenador Geral do Sindicato, Paulo Amorim.
Flexibilização
A portaria 962, do dia 11 de julho de 2011, traz, pelo menos, dois grandes problemas que já vinham sendo criticados nas resoluções anteriores. O primeiro é que o texto permite que os Diretores Gerais adotem encaminhamentos próprios em cada Campus, quebrando a visão institucional contida da minuta do GT. O segundo é que, mais uma vez, a decisão sobre a flexibilização da jornada passa a ser de responsabilidade de cada servidor, individualmente, ao contrário do que propunha a minuta do Grupo de Trabalho.
Os servidores, no entanto, deixaram claro na assembleia que não aceitam a medida da forma como está. Eles aprovaram quatro encaminhamentos para mobilizar a categoria e reforçar a luta pelo cumprimento da minuta de resolução elaborada pelo GT:
1. Flexibilizar a jornada de trabalho em todo o IFSC, como forma de fazer valer proposta do GT, que foi rejeitada pela Reitoria.
2. Não preencher o formulário previsto na portaria nº 962.
3. Realizar uma paralisação geral no dia em que for realizada a próxima reunião do Colégio de Dirigentes.
4. Manter o indicativo de greve em caso de retaliação ao movimento.
Para reforçar os argumentos e a luta pela implementação da proposta do GT, a Seção Sindical publicou aqui no site (link Documentos, pasta Jornada de Trabalho) a Nota Técnica 06/2011 produzida pela Assessoria Jurídica do Sindicato e que contém uma análise detalhada da Minuta produzida pelo Grupo de Trabalho.
Progressão
Nos debates sobre a progressão funcional dos docentes, mais uma vez a postura adotada pelo novo reitor foi questionada. Os servidores do IFSC não entendem como uma decisão aprovada pelo órgão máximo da Instituição pode ser desrespeitada, sob argumentos tão frágeis, se outros Institutos já adotaram a medida e até mesmo a Justiça já vem reconhecendo esse direito aos professores.
Na assembleia do dia 13, pela manhã, os servidores aprovaram a continuidade das mobilizações e a denúncia à comunidade escolar do desrespeito à decisão do Conselho, que aprovou a progressão nos moldes do que foi feito no IFRS, mas viu ser implementada uma proposta que havia sido derrotada na reunião do dia 1º de junho.
À tarde, durante nova reunião do ConSup, um grupo de servidores, amontoado no pequeno espaço da sala 2 do Campus Continente, assistiu o novo reitor do IFSC, Jesué Graciliano da Silva, dizer que reconhece a decisão do Conselho, mas teve que encaminhar uma resolução diferente por recomendação da ex-reitora, Consuelo Sielsky Santos. “Não tenho segurança jurídica, sinto que há alguma ilegalidade”, afirmou. Na reunião de ontem, os Conselheiros preferiram não colocar o assunto novamente em pauta, uma vez que já há decisão a respeito do tema. “O que falta é cumprir”, disse o representante da CSP Conlutas, Conselheiro Marcos Dorval Schmitz.
Uma nota, assinada por diversos servidores logo após a reunião, denuncia a postura do reitor do IFSC e pede que os representantes dos trabalhadores no Conselho reavaliem a sua participação nesse órgão. A progressão funcional docente deve voltar à pauta de debates na próxima assembleia da Seção Sindical, no início de agosto.
Mobilização Nacional e Greve
A assembleia geral do Sinasefe discutiu, no último ponto de pauta, o indicativo de greve para o dia 1º de agosto em toda a rede federal de ensino. Após a análise das negociações com o governo, do quadro de mobilização nas outras categorias do Serviço Público Federal e da paralisação do último dia 5 em Santa Catarina, os servidores decidiram não seguir o indicativo aprovado na 100ª Plena.
Eles reforçaram, no entanto, uma posição favorável à construção da greve, sobretudo diante da falta de reajuste salarial e da perspectiva de aprovação de projetos ainda mais prejudiciais à categoria.
A posição que será levada à 101º Plena, durante o próximo final de semana, em Brasília, é que as bases realizem novas assembleias na primeira quinzena de agosto com uma nova Plena em seguida para avaliar o quadro no país.
Os delegados eleitos para a Plena foram, pela Diretoria, o sindicalizado Marcos Dorval Schmitz, e pela base, os sindicalizados Ernesto Albrecht (Chapecó) e Sérgio Donisete de Araújo (Araranguá).
Pela manhã, no auditório do Campus Continente, em Florianópolis, cerca de 70 servidores, representando vários campi, debateram e aprovaram diversos encaminhamentos na assembleia convocada pela Seção Sindical, que tinha como pauta, além dos informes e da análise da conjuntura, a flexibilização da jornada de trabalho dos TAEs, a progressão funcional dos docentes e o indicativo de greve por tempo indeterminado na base do SINASEFE.
No período da tarde, as atenções se voltaram para a reunião do Conselho Superior do IFSC, realizada também no Campus Continente, onde mais uma vez, por força da mobilização dos servidores, a progressão docente foi objeto de discussão.
Revolta e mobilização
O clima na assembleia geral era de muita revolta. Duas das mais importantes reivindicações específicas da categoria estavam sendo encaminhadas em total desacordo com a vontade da esmagadora maioria dos servidores, por conta de posicionamentos autoritários assumidos pela Reitoria.
A flexibilização da jornada dos técnicos, traduzida numa minuta de resolução produzida pelo GT IFSC/Sinasefe e acordada com a antiga reitora, foi transformada numa portaria que vai contra a filosofia e os princípios aprovados no GT, ignorando o trabalho de quase três meses desenvolvido pelo Grupo. Já a resolução da Progressão Docente não respeitou as decisões aprovadas na reunião do Conselho Superior do dia 1º de junho e, pior, manteve a proposta derrotada, condicionando os efeitos financeiros da medida a um parecer jurídico favorável da Procuradoria do Instituto. A deliberação dos conselheiros, consignada em ata, era para que a resolução fosse feita nos mesmos moldes da do Instituto Federal Rio-Grandense.
“O professor Jesué costuma dizer que não tem medo de nada e de ninguém. E não é para ter mesmo. O que ele precisa ter é respeito, porque medo é para covardes, respeito é para quem tem coragem”, desabafou o Coordenador Geral do Sindicato, Paulo Amorim.
Flexibilização
A portaria 962, do dia 11 de julho de 2011, traz, pelo menos, dois grandes problemas que já vinham sendo criticados nas resoluções anteriores. O primeiro é que o texto permite que os Diretores Gerais adotem encaminhamentos próprios em cada Campus, quebrando a visão institucional contida da minuta do GT. O segundo é que, mais uma vez, a decisão sobre a flexibilização da jornada passa a ser de responsabilidade de cada servidor, individualmente, ao contrário do que propunha a minuta do Grupo de Trabalho.
Os servidores, no entanto, deixaram claro na assembleia que não aceitam a medida da forma como está. Eles aprovaram quatro encaminhamentos para mobilizar a categoria e reforçar a luta pelo cumprimento da minuta de resolução elaborada pelo GT:
1. Flexibilizar a jornada de trabalho em todo o IFSC, como forma de fazer valer proposta do GT, que foi rejeitada pela Reitoria.
2. Não preencher o formulário previsto na portaria nº 962.
3. Realizar uma paralisação geral no dia em que for realizada a próxima reunião do Colégio de Dirigentes.
4. Manter o indicativo de greve em caso de retaliação ao movimento.
Para reforçar os argumentos e a luta pela implementação da proposta do GT, a Seção Sindical publicou aqui no site (link Documentos, pasta Jornada de Trabalho) a Nota Técnica 06/2011 produzida pela Assessoria Jurídica do Sindicato e que contém uma análise detalhada da Minuta produzida pelo Grupo de Trabalho.
Progressão
Nos debates sobre a progressão funcional dos docentes, mais uma vez a postura adotada pelo novo reitor foi questionada. Os servidores do IFSC não entendem como uma decisão aprovada pelo órgão máximo da Instituição pode ser desrespeitada, sob argumentos tão frágeis, se outros Institutos já adotaram a medida e até mesmo a Justiça já vem reconhecendo esse direito aos professores.
Na assembleia do dia 13, pela manhã, os servidores aprovaram a continuidade das mobilizações e a denúncia à comunidade escolar do desrespeito à decisão do Conselho, que aprovou a progressão nos moldes do que foi feito no IFRS, mas viu ser implementada uma proposta que havia sido derrotada na reunião do dia 1º de junho.
À tarde, durante nova reunião do ConSup, um grupo de servidores, amontoado no pequeno espaço da sala 2 do Campus Continente, assistiu o novo reitor do IFSC, Jesué Graciliano da Silva, dizer que reconhece a decisão do Conselho, mas teve que encaminhar uma resolução diferente por recomendação da ex-reitora, Consuelo Sielsky Santos. “Não tenho segurança jurídica, sinto que há alguma ilegalidade”, afirmou. Na reunião de ontem, os Conselheiros preferiram não colocar o assunto novamente em pauta, uma vez que já há decisão a respeito do tema. “O que falta é cumprir”, disse o representante da CSP Conlutas, Conselheiro Marcos Dorval Schmitz.
Uma nota, assinada por diversos servidores logo após a reunião, denuncia a postura do reitor do IFSC e pede que os representantes dos trabalhadores no Conselho reavaliem a sua participação nesse órgão. A progressão funcional docente deve voltar à pauta de debates na próxima assembleia da Seção Sindical, no início de agosto.
Mobilização Nacional e Greve
A assembleia geral do Sinasefe discutiu, no último ponto de pauta, o indicativo de greve para o dia 1º de agosto em toda a rede federal de ensino. Após a análise das negociações com o governo, do quadro de mobilização nas outras categorias do Serviço Público Federal e da paralisação do último dia 5 em Santa Catarina, os servidores decidiram não seguir o indicativo aprovado na 100ª Plena.
Eles reforçaram, no entanto, uma posição favorável à construção da greve, sobretudo diante da falta de reajuste salarial e da perspectiva de aprovação de projetos ainda mais prejudiciais à categoria.
A posição que será levada à 101º Plena, durante o próximo final de semana, em Brasília, é que as bases realizem novas assembleias na primeira quinzena de agosto com uma nova Plena em seguida para avaliar o quadro no país.
Os delegados eleitos para a Plena foram, pela Diretoria, o sindicalizado Marcos Dorval Schmitz, e pela base, os sindicalizados Ernesto Albrecht (Chapecó) e Sérgio Donisete de Araújo (Araranguá).
Fonte: SINASEFE-SC
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