
Se, por um lado, o pedido de aumento de 78% por parte das entidades que representam os servidores do Executivo Federal agrada a alguns, por outro, está causando um verdadeiro racha entre trabalhadores e seus sindicatos. Os funcionários de nível superior querem negociar caso a caso e, para isso, estão se mobilizando para criar uma associação e tentar negociar com o governo à parte.
A briga deve-se a uma divergência entre os salários do próprio Executivo. No ano passado, cinco cargos (economista, engenheiro, arquiteto, estatístico e geólogo) foram abrangidos pela Lei 12.277/2010 e receberam aumento de até 78% — agora contam com salário inicial de R$ 5,4 mil e final de R$ 10,2 mil.
Agora, com receio de se perder nas negociações e não receber reajuste algum, servidores de nível superior se organizam para criar a Associação Brasileira dos Servidores Públicos Federais Técnicos de Nível Superior (Abratec), que já conta com 400 pré-associados e deve começar a funcionar em meados de agosto.
A proposta é lutar pelos direitos de ao menos 84 mil servidores, em sua maioria das carreiras do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e da Previdência, Saúde e Trabalho (CPST). Com remuneração inicial de cerca de R$ 3,5 mil e final de R$ 5,6 mil, eles reclamam da disparidade nos salários e da falta de reconhecimento por parte do poder público. "Queremos um direito que é nosso. Pedimos a extensão dos benefícios para os demais servidores de nível superior e, depois, poderemos nos unir para lutar também pelos de nível intermediário e auxiliar", explica Marcelo Caldas, um dos organizadores da associação.
A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), por sua vez, diz que tem legitimidade para negociar com o governo e que vai continuar pleiteando o aumento para todos os níveis. "Precisamos dar o mesmo tratamento a todos", diz Josemilton Costa, secretário-geral da entidade.
Fonte: Blog do Servidor
Fonte: Blog do Servidor
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