quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Emenda privilegia carreiras


Matéria da repórter Vânia Cristino publicada hoje no Correio mostra que, embora a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara tenha aprovado ontem o mérito do projeto de lei que institui a previdência complementar para os servidores públicos, tudo pode ir por água abaixo caso sejam aprovados determinados destaques de um total de 12 apresentados por parlamentares, que serão votados, separadamente, na quarta-feira que vem. “Tem um que pede, simplesmente, que se acabe com o fundo”, afirmou o relator Silvio Costa, que também é presidente da comissão.

Segundo a reportagem, o instrumento legislativo dos destaques permite apenas suprimir artigos do projeto aprovado ou reincluir emendas que foram rejeitadas na votação do substitutivo ao projeto de lei — não pode criar uma outra regra. Uma dessas emendas deixa de fora da nova regra os servidores de carreiras típicas do Estado, do Judiciário e membros do Ministério Público. "Ou seja, somente os chamados servidores 'barnabés' passariam a ter a aposentadoria paga pelo fundo de pensão", diz o texto.

O relator classificou a maior parte dos destaques de corporativista. Eles foram apresentados por bancadas de partidos que fazem parte da base aliada — PSB, PTB, PcdoB e PDT. Antes de colocá-los em votação, Costa vai procurar o governo.

Pela proposta aprovada, quem entrar no serviço público após a sua aprovação terá direito à aposentadoria garantida pelo governo somente até o teto de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), hoje em R$ 3.689,66. Para receber acima desse valor, o servidor terá de contribuir para o fundo complementar — a quantia adicional dependerá da boa administração das contribuições paritárias dos participantes e da União. Os atuais servidores continuarão recebendo seus benefícios, praticamente iguais ao salário da ativa, pelas regras vigentes. Eles podem, se quiserem, aderir ao futuro sistema.

Fonte: Blog do Servidor

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